Terapia com animais, entenda melhor
22/09/2020 - Portal AvôvóTerapia assistida por animais, pet terapia ou terapia facilitada por animais pode promover o desenvolvimento, ou seja – o avanço-, físico, psíquico, cognitivo e social dos pacientes.
A medicina convencional anda sofrendo muito com a insatisfação dos pacientes. Muitos efeitos colaterais, agressividade e, em alguns casos, pouco esperança de mudanças efetivas no quadro geral. Entendemos o descontentamento, mas devemos alertar para o fato de que nenhum tratamento pode solucionar todos os problemas sozinho.
A terapia com animais
Por isso, a terapia com animais, não se trata de uma prática para substituir terapias e tratamentos convencionais, mas um complemento, uma nova linha de pesquisa em atenção à diversidade, para melhorar a qualidade de vida de pacientes com deficiências físicas, sensoriais, mentais e motoras.
Apesar de ser útil para muitas enfermidades, a TAA – abreviação – possui maior eficiência para pacientes com paralisia cerebral, desordem neurológica, ortopédica, posturais, comprometimentos mentais, ou sociais, como os distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia, psicoses, comprometimentos emocionais, deficiências visual e/ou auditiva, distúrbio de atenção, de aprendizagem, de percepção, de comunicação e de linguagem, de hiperatividade, além de problemas como insônia e estresse.
O trabalho exige uma equipe multidisciplinar, composta por médicos veterinários, psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, capacitados para escolher o método adequado, acompanhar as atividades e o bem-estar dos animais e pacientes.
A terapia estimula a produção e liberação do hormônio endorfina no corpo do paciente, o que resulta sensação de bem-estar e relaxamento, assim como diminuição na pressão arterial e no nível do hormônio cortisol – o cortisol é o principal hormônio ligado ao estresse.
O paciente pode apresentar melhorias físicas e mentais, entre alivio da dor corporal e avanços na memória.
Além disso, não são poucos os pacientes que precisam de auxilio social na comunicação – timidez ou síndromes mais profundas -, socialização – pessoas que sofreram traumas -, aprendizagem – crianças e adultos – e ansiedade.
Os animais mais utilizados são os cachorros – devido a sociabilidade, fácil adestramento e amor as pessoas -, mas outras espécies são adequadas também.
Esse tipo de terapia é muito bom, mas pede alguns cuidados.
Por exemplo, a prevenção de doenças – com a analise de um médico veterinário – e socialização das pessoas com a difusão de conhecimentos sobre o comportamento da espécie animal.
Conhecer as limitações alérgicas, fóbicas e medos do paciente no contato com o animal.
No Brasil, apesar dos poucos estudos realizados sobre o tema, a utilização de animais na terapia e o interesse da prática por profissionais de saúde têm aumentado, mas devesse ressaltar a falta de regulamentação da prática limita a sua aplicação em alguns ambientes, como clínicas e hospitais.
Veja algumas complicações para cães, gatos e aves:
Os animais são parte importante nessa modalidade de terapia e não adianta conquistarmos evoluções com os doentes, mas negligenciarmos a saúde do animal.
O processo é intenso para todos.
Essa intensidade é a responsável por gerar melhorias, no entanto, infelizmente, isso pode gerar traumas ao animal:
– Agressividade desequilibrada;
– Falhas nos hábitos fisiológicos (necessidades fora do local adequado);
– Vocalização excessiva tanto na presença ou ausência dos humanos;
– Alterações bruscas no humor – depressão;
– Comportamento destrutivo;
– Automutilação (lambedura ou arrancamento de pelos ou penas);
– Coprofagia ( prática dos animais quando da ingestão de fezes)
– Mastigação e Ingestão de objetos não alimentícios;
– Hipersexualidade;
– Fobia em situação específica (trovões, chuva, automóveis, etc.);
– Fobia social (estresse em presença de outros animais e/ou pessoas estranhas);
– Neuroses;
– TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo;