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Cortina do abraço: residencial geriátrico cria ação para idosos receberem abraços durante a pandemia

24/08/2020 - Engeplus

A principal recomendação das autoridades em saúde para conter o avanço da Covid-19 é o isolamento social. Manter o distanciamento se torna ainda mais importante quando o tema é o cuidado com os idosos, os mais suscetíveis ao agravamento da doença. Deixar de visitar as pessoas da terceira idade, em tempo de pandemia, se tornou um gesto de amor e preocupação pelo próximo. Ao mesmo tempo, sem uma previsão exata de uma vacina comprovada para a cura do novo coronavírus, a medida em que se alonga o isolamento social, a saudade só aumenta.

Para driblar essa barreira, a administração de um residencial geriátrico de Siderópolis resolveu colocar em prática uma ideia que já havia viralizado na internet, a Cortina do Abraço. A ação permitiu que os 35 idosos atendidos no residencial pudessem abraçar e ser abraçados, de forma segura, por seus familiares depois de tanto tempo sem poder se aproximarem.

“Eles estavam há três meses sem poder receber visitas. Embora alguns entendam a necessidade desse momento de isolamento, todos estavam com saudades dos seus familiares. Durante os três meses realizamos ações para tentar amenizar esse distanciamento, por meio de vídeochamadas com os familiares e também um drive thru, onde as famílias passavam de carro perto do residencial e viam os idosos de longe, mas neste período eles nunca tinham ficado tão perto”, afirmou a administradora do Nova Belluno Residencial Geriátrico, Dalila Naspolini.

O momento, garante Dalila, foi marcado por emoção tanto para os idosos quanto para os familiares. “A gente aqui dentro, de alguma forma, tenta diminuir a saudade, conversando, dando carinho aos idosos. Mas ninguém de nós é igual a própria família. É importante que o idoso compreenda que seus parentes continuam preocupados e presentes. E também é importante para as famílias poderem ver e sentir presencialmente que seu ente querido está bem”, salientou a administradora.

Momento único

Sirlei Magna Stopazzolli é esposa de Volnei Stopazzoli. Há mais de três meses sem ver o marido, descreveu o momento da cortina do abraço como único para quem precisa estar longe durante a pandemia. “Depois de três meses sem que a gente pudesse estar juntos, ver, abraçar a pessoa que a gente ama e quer estar sempre perto, surgiu essa oportunidade. Foi maravilhoso poder se aproximar e ver que nosso familiar está tão bem cuidado. Para nós foi uma oportunidade única. Foi um momento emocionante, fiquei feliz em poder rever meu marido e ver que ele está bem”, destacou.

Já Suely Adaime recebeu a visita da filha Elizabeth Gabriel. “Neste momento de pandemia, tivemos que evitar o contato com os nossos queridos idosos. E a cortina do abraço, do afeto, do carinho proporcionou um encontro emocionante e um momento de muito amor com minha mãe. Vê-la sorrindo com a nossa visita foi incrível. A cortina é uma ideia perfeita para um momento como esse, de isolamento social. Protegemos os idosos e proporcionamos momentos inesquecíveis”, disse Elizabeth.

A intenção, conforme Dalila, é repetir a ação nos próximos meses. “Percebemos que a pandemia vai durar mais tempo do que esperávamos, com isso estamos buscando formas seguras de proporcionar os encontros dos idosos com seus familiares. Como o número de casos voltou a aumentar, vamos ter que dar um tempo nos encontros, mas assim que a situação voltar a melhorar, com certeza faremos outra edição da cortina do abraço”, completou.



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