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Clonagem de cartão de crédito, boletos e os golpes nos idosos

27/01/2020 - Portal Avôvó

Clonagem de cartão de crédito, boletos e os golpes nos idosos.

Segurança Polícia Federal alerta a população para não cair no golpe do cartão e boletos clonados.

Como forma de combate e prevenção à clonagem de cartões de créditos e boletos bancários, a Polícia Federal de Pernambuco emitiu orientações que auxiliam e reforçam a segurança dos consumidores.

Os dados são preocupantes.

Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 8,9 milhões de brasileiros caíram em fraudes nos últimos 12 meses.

Deste número, 41% diz respeito à clonagem de cartões de crédito.

Já o segundo golpe mais comum é o recebimento de boletos falsos, com 13% das menções (1 milhão e 100 mil pessoas).

O cartão de crédito, assim como o boleto eletrônico, é atualmente uma das formas mais populares de pagamento em todo o mundo, especialmente pela facilidade que ambos oferece.

Apesar de serem práticos, ainda sim é preciso tomar bastante cuidado antes de usá-los.

Para evitar que o seu cartão seja clonado

Observe na hora de usar o cartão se a máquina está do tamanho que deveria ter.

Uma máquina alterada costuma receber uma nova peça encaixada, acoplada, que é responsável por “roubar, chupar, copiar” as informações dos cartões ali inserido.

Esse dispositivo deixa a máquina mais alongada e mais larga.

Inserção do cartão

A máquina adulterada faz com que o seu cartão de crédito fique muito mais para dentro do dispositivo que o normal.

O cartão quase que fica completamente dentro da máquina, quase engolido por ela.

Clonagem de cartão de crédito, boletos e os golpes nos idosos

Veja se as teclas que finaliza (enter) ou cancela (cancel) a operação estão com as suas cores vivas e destacadas.

Led invisível

Verifique se a luz verde da máquina está visível.

Geralmente a peça acoplada, que permite a falsificação, acaba bloqueando a luz que deveria aparecer quando o equipamento estivesse em uso.

Erros e falhas de conexão

Erros de operações são frequentes nessas máquinas adulteradas.

Isso acontece porque as peças acopladas costumam ficar no caminho da faixa magnética quando dados são digitalizados.

Se o terminal estiver muito lento e o problema não for com a internet do lugar, este também pode ser um sinal de alerta.

Captando a senha e trilha do cartão de crédito

Os estelionatários geralmente usam as chamadas “frentes falsas”, onde toda a parte frontal do terminal eletrônico é sobreposta ao original para simular a frente de um caixa verdadeiro.

Um notebook é instalado por trás do equipamento com um mecanismo interligado tanto no local de introdução do cartão magnético quanto no dispositivo do teclado aliado a um programa que simula todas as principais operações bancárias, porém nunca consegue finalizar a transação, aparecendo sempre uma mensagem de erro.

A intenção dos bandidos é copiar e enviar via internet (este dispositivo possui um chip com modem que envia através da web todas as informações para o bandido) a trilha do cartão como também a digitação da senha nas teclas alfa numérica.

Sobreposição de falsa entrada do cartão aliado a um dispositivo de filmagem

Nesta modalidade os suspeitos sobrepõem através de fita adesiva dupla face, um “falso mecanismo de entrada do cartão magnético” para copiar a trilha do cartão, aliado a uma microcâmara que fica perto do teclado para filmar a digitação da senha.

Ambos os dispositivos possuem em seu interior mecanismo eletrônico que é capaz de gravar as trilhas do cartão bem como filmar a senha que está sendo digitada.

Em ambos os casos, após algum tempo, os criminosos voltam ao banco, retiram os equipamentos que foram colocados e depois confeccionam vários cartões com as trilhas capturadas.

De posse das senhas, eles realizam saques em dinheiro causando prejuízos para correntistas e instituições bancárias.

Não aceite ajuda de estranhos ao usar caixas eletrônicos

Caso sua operação não for completada ou apareça alguma mensagem de erro na tela, procure forçar a frente do terminal ou a entrada do cartão magnético para parte da frente.

Caso esteja clonado ou sobreposto por algum mecanismo duvidoso, ele sairá através do movimento executado. Se for constatada a adulteração ou o seu cartão ficar preso no terminal eletrônico, entre em contato urgente com o banco através do SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente (geralmente a instituição financeira manda um funcionário de segurança privada imediatamente ao local verificar o que está ocorrendo com o terminal), com funcionário credenciado ou com a Polícia Militar através do número 190.

Lembre-se que os bandidos podem estar de fora da agência. Por isso é importante sempre que possível fazer seus saques no horário comercial, quando o movimento de pessoas é maior, evitando o período noturno.

Quando precisar realmente sacar dinheiro à noite, leve um ou mais acompanhantes adultos para que fiquem fora da cabine, como se estivessem na fila.

Idosos são as vítimas preferidas dos estelionatários

Nunca permita que um idoso possa ir a uma agência bancária desacompanhado de um adulto da família ou de sua confiança, quando ele for realizar suas transações financeiras (receber aposentadoria, retirar dinheiro, pagar contas).

Pela própria idade e habilidade em manusear equipamentos ele pode encontrar dificuldades, como seguir o passo a passo que o terminal eletrônico exige, colocar a senha e memorizá-la, visualizar o teclado, colocar suas digitais e tirar dúvidas caso sua transação financeira não seja concretizada.

São nestas situações que o idoso ao solicitar ajuda de terceiros pode ser vítima de bandidos que via de regra estão sempre à espreita para praticar todos os tipos de golpes, inclusive se apoderar do número e senha do cartão para cloná-los.

A Polícia Federal alerta sobre o uso e manuseio do cartão de crédito em agências bancárias:

Não forneça a senha

Jamais forneça dados do cartão ou dados pessoais por e-mail ou telefone – Nenhum banco é autorizado a solicitar dados pessoais e intransferíveis do cliente, como senha, por e-mail ou telefone.

Os sites nunca pedem a senha do cartão para efetivar uma compra.

No comércio eletrônico, os sites costumam pedir o número do cartão, a data de expiração e o código de segurança.

As empresas geralmente pedem para ser confirmados alguns dígitos e não a conta ou o número do cartão de crédito.

Caso tenha de atualizar algum cadastro, procure pessoalmente a instituição financeira ou ligue diretamente para o serviço de atendimento ao consumidor.

A senha só é solicitada nos caixas de lojas físicas.

Proteja a sua senha

A sua senha libera acesso direto à sua conta e informações financeiras.

Mude sempre e faça senhas fortes com letras maiúsculas e minúsculas e números. Memorize a senha e não deixe registrada por escrito em nenhum local.

Cuidado ao acessar o internet banking em outros aparelhos

Se você está em um computador público ou em uma lan house, o risco de tornar-se vítima de um golpe é potencializado.

Quando precisar acessar a sua conta bancária pela internet, seja no notebook ou celular, faça isso preferencialmente quando estiver conectado à uma rede sem fio (WiFi) particular e nunca aberta ou pública.

Nunca use computadores de uso público de lan houses ou de terceiros para isso, os quais podem permitir que invasores acompanhem toda sua navegação.

Verifique o cadeado de segurança e a credibilidade do site

Ao fazer uma compra em qualquer site, o consumidor deve atentar para o pequeno cadeado que aparece no canto superior da tela.

É ele que garante a navegação por um ambiente seguro e que ninguém pode ter acesso a estas informações no seu computador.

Se a loja desconhecida, o cuidado é redobrado. É preciso verificar se a empresa possui endereço comercial, telefone e cadastro de autorização de comercialização para ter certeza de que não se trata de um golpe.

É importante observar para onde o site direciona a sua operação de pagamento da compra se for para uma página da operadora do cartão é sinal de que o consumidor pode comprar com tranquilidade.

Monitore sua conta e não esqueça de conferir a fatura do cartão

Fique sempre de olho no extrato bancário da sua conta.

Seja por internet banking, aplicativo ou até mesmo no caixa eletrônico, o ideal é fazer um acompanhamento regular das suas movimentações.

As operadoras dos cartões costumam disponibilizar as faturas na internet, em tempo real, e algumas avisam o cliente por SMS quando uma compra foi efetivada.

Se você perdeu seu cartão e acha que alguém pode ter roubado seus dados, imediatamente ligue para o seu banco e peça para bloqueá-lo.

Guarde o registro de compra pela internet

Guardar o e-mail recebido da loja com a comprovação da compra, ou até imprimir o comprovante, são ações que contam a favor do consumidor em caso de fraude em operações virtuais.

Não dê seu cartão para ninguém

Parece óbvio, mas às vezes acabamos dando o nosso cartão para pessoas do nosso convívio, um colega de trabalho ou até nossos amigos.

Atitudes como esta podem aumentar as chances de algo acontecer com seus dados e o ideal é evitar sempre.

Não envie foto do seu cartão

Pelo mesmo motivo que você não deve informar os seus dados bancários por telefone, não envie foto do seu cartão de crédito pela internet.

Essas imagens podem acabar parando nas mãos de pessoas não confiáveis, colocando a sua segurança em risco.

Certifique-se que a máquina de pagamento esteja perto de você

Se você pagar em um restaurante, exija que todas as operações sejam realizadas em sua presença.

Veja os recibos depois de pagar com o seu cartão.

O campo com a quantia paga não deve estar vazio.

Cuidado com o código de segurança do cartão

Ao receber o seu cartão não deixe a numeração do código de segurança visível atrás do cartão, anote-o (geralmente 3 dígitos) e depois memorize para não deixá-lo exposto.

Compras e golpes podem ser aplicados somente com o número do cartão, validade e o código de segurança.

Portanto nunca entregue o seu cartão para um vendedor ou lojista sem ter apagado o número do código.

Desconfie de produtos com preço muito abaixo do praticado pelo mercado

Sempre exija nota fiscal.

Essas atitudes resguardam o consumidor, caso ele tenha que fazer uma eventual troca do produto ou venha pedir algum ressarcimento;

Instale um bom antivírus em seu computador e celular.

O sistema operacional do seu computador e celular tem que estar sempre atualizados.

Eles evitam novas ameaças e vulnerabilidades e se possível opte por um antivírus pago ao invés de gratuito porque ele tem um poder de alcance muito maior em eliminar ameaças e perigos.

E se tiver o cartão de crédito clonado, como devo proceder?

A responsabilidade por prejuízos causados pela clonagem de cartões é da instituição financeira

Trata-se de defeito na prestação do serviço, tendo em vista que a segurança financeira é ameaçada e constitui uma falha no serviço prestado.

Se o consumidor agiu corretamente e não deu causa ao problema, a instituição financeira não pode transferir ao consumidor um ônus que é seu.

Além disso, a clonagem acarreta prejuízos com despesas indevidas e cancelamento do cartão.

Numa situação dessa, cabe ao banco cancelar a compra não reconhecida pelo consumidor, estornar a cobrança, juros e multas e fornecer outro cartão.

O banco é obrigado por lei a ressarcir o consumidor quando comprovada a fraude.

O maior prejudicado nestes casos, contudo, é o lojista.

Se a loja permitiu a compra com um cartão roubado e entregou o produto, é ela que arcará com o prejuízo da operação.



Promovendo a reaproximação dos diversos profissionais que se aposentaram pela Souza Cruz através de um ambiente de companheirismo e respeito mútuo.